Cera polémica na fruta - Importante

sábado, novembro 14, 2015
PT
Tem vindo a circular na internet, a mim chegou-me via Facebook, um vídeo de um indivíduo raspando a casca de uma maçã com uma faca, retirando da mesma uma cera e queimando os resíduos com um isqueiro, afirmando serem plástico.

O vídeo chamou-me a atenção ao ponto de o partilhar com o meu grupo de amigos, tal a minha estupefação com o que comemos sem nos dar conta, com potenciais consequências para a nossa saúde.

Hoje, o meu espanto foi ainda maior quando após uma lavagem com Amukina das maçãs compradas pela manhã no supermercado, as mesmas ficaram no estado que podem observar na fotografia. Sim, a foto é minha.

Perante o sucedido, resolvi procurar mais informação acerca dos potenciais riscos para a saúde. E acho importante partilhar convosco a informação que li no site da Deco Proteste:

"Na verdade, trata-se de cera de abelha, que pode ser usada em produtos de confeitaria, como o chocolate, ou ainda em aperitivos, frutos secos e, como tratamento de superfície, em citrinos, melões, maçãs, peras, pêssegos e ananases. A cera de abelha é um aditivo alimentar permitido na União Europeia e apresenta diversas funções: agente de revestimento ou de transporte de corantes, espessante e estabilizador.

Existem poucos dados sobre a segurança alimentar desta cera. No entanto, há indicações de que pode conter substâncias suscetíveis de causar reações alérgicas. Os indivíduos mais sensíveis devem, assim, informar-se junto do médico sobre os riscos do consumo, até porque esta cera não sai com a lavagem.

Os leitores também se interrogavam sobre os benefícios da casca da fruta. De facto, existem maiores concentrações de vitaminas e minerais na superfície que reveste a fruta. Porém, se no processo de produção, esta tiver sido tratada com pesticidas, a casca é o local que retém também mais concentrações das substâncias nocivas, que não são removidas com a lavagem. Por isso, na dúvida sobre a origem da fruta, o melhor é descascar."


Destaco:
"...se no processo de produção, esta tiver sido tratada com pesticidas...". Como eu também compro semanalmente produtos de produção biológica (não todos), a questão que imediatamente se me colocou foi "será mesmo que estes não têm pesticidas?"

A informação que recolhi na pagina da Agrobio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (clique aqui para mais info) tranquilizou-me:

"....Em Agricultura Biológica, não se recorre à aplicação de pesticidas nem adubos químicos de síntese, nem ao uso de organismos geneticamente modificados. ...Na Europa, a Agricultura Biológica é alvo de legislação específica, o Reg. (CE) n.º 834/2007 do Conselho de 28 de junho, relativo à produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos, estabelecendo normas detalhadas cujo cumprimento é controlado e certificado por organismos acreditados para o efeito.Os produtos de Agricultura Biológica são reconhecidos pelo logótipo europeu de Agricultura Biológica."

Os produtos biológicos que consumo são produzidos e entregues em minha casa pela Quinta do Arneiro, uma empresa devidamente certificada e com a identificação do logotipo. Parece que vou ter de passar a comprar lá também as maçãs...

Muitas pessoas confundem produção artesanal ou local com produção biológica. Não é o mesmo e, por isso, recomendo a leitura da informação da página da Agrobio e, ainda, que procurem produtos de empresas devidamente identificadas com este logotipo.

LogoVencedor_min







Sem comentários:

Enviar um comentário