Nem mais. A culpa também é nossa.

quarta-feira, outubro 18, 2017
(Pinhal de Leiria - foto do Jornal de Leiria)

Tem sido difícil gerir os sentimentos com a tragédia que se tem vivido no nosso país. O Governo actual, mas também os anteriores, deveriam ter feito muito mais. Isso é um facto. Mas a culpa também é nossa!

Não poderia estar mais de acordo com Diogo Faro no seu post de 16 de Outubro, na sua página do FB, Sensivelmente Idiota

"A culpa também é nossa.
É deste Governo, é de todos os anteriores e é nossa. É muito nossa no dia-a-dia.
O aquecimento global não é uma invenção, não é um problema menor, não é culpa só das grandes indústrias em si e dos diversos governos. É nossa, no dia-a-dia. E quando em Outubro estão mais 10 graus do que seria expectável, a culpa também é nossa.
A culpa é nossa quando atiramos beatas para o chão, na mata ou calçada, quando lavamos os dentes com a água a correr, quando não separamos o lixo ou não reutilizamos nada de nada.
Quando virem tantos incêndios, lembrem-se que a culpa também é nossa que nos deslocamos de carro para todo o lado, seja qual for a distância, e que achamos que andar de bicicleta ou outros meios cansa muito. Quando virem aquelas imagens de florestas enormes reduzidas a cinzas, lembrem-se que a culpa também é nossa quando comemos carne de vaca todos os dias sabendo o quanto essa indústria polui. (...) "

Podemos e devemos criticar governos que não zelem por nós nem pelo nosso meio ambiente. Podemos e devemos protestar. Mas devemos, antes demais, adoptar comportamentos socialmente e ecologicamente mais responsáveis. Cada um de nós pode fazer diferença. Fazem-no?

Desde há muito que tenho a preocupação da reciclagem e tenho vindo a "refinar". Separo plásticos, papel, vidro, pilhas, rolhas, óleo (tenho usado cada vez menos e actualmente quase nada), tampas das embalagens, cápsulas de café. Tenho um triturador InSinkErator de alimentos no meu lava-loiça mas nem o tenho utilizado muito. Guardo todos os restos de comida,  as cascas dos legumes e frutas, alimentos que se estragaram e pão endurecido ou embolorado para as galinhas da senhora que passa a nossa roupa a ferro. Não acreditam? Ora vejam... dos últimos dois dias.
Ainda, aproveito as roupas velhas que não estão em condições para serem doadas para recortar em trapos a serem usados na limpeza da casa. E, ainda, aproveito as folhas impressas na minha impressora e não utilizadas para escrever no verso (aprendi com o meu pai :-) ). Coloquei sensores de movimento para comandar as luzes nos espaços de passagem de nossa casa, para evitar as luzes sempre acessas e ando sempre atrás do "pessoal" cá de casa para apagarem as luzes dos quartos, salas, etc. Não dou tréguas aos meus filhos nem ao meu marido. Confesso que é algo que sempre me deu cabo dos nervos...

Ao contrário do que acontecia há bem pouco tempo, por não controlar bem o que a minha empregada fazia, em que semanas havia que punhamos dois caixotes do lixo na rua à porta de casa, actualmente faço praticamente apenas um saco de lixo por semana. E tenho uma casa grande. Em compensação, quase todas as semanas, tenho de carregar o porta-bagagens do meu carro com os sacos para levar para os contentores de recicláveis. Faço-o por respeito ao ambiente e para o bem de todos nós.

Quanto à água a correr, quando lavamos os dentes mas também e sobretudo quando tomamos banho, tenho que melhorar. Se é verdade que muitas vezes fecho a torneira enquanto lavo os dentes, o mesmo não posso dizer quando tomo banho...especialmente no Inverno. Mea culpa.  Tenho a plena consciência disso e sei que é algo que tenho de melhorar. 

Como sabem, deixei (praticamente) de comer carne. Durante duas semanas não comi de todo e são raríssimas as ocasiões em que o tenho feito e em pequenas quantidades. E quando o faço, como carne bovina.  Nunca mais toquei em carne de frango, perú ou porco - são muito piores que a carne de vaca. Por respeito ao meu corpo e respeitando o ambiente.

Há muito por onde fazer e melhorar. O primeiro passo é ganharmos consciência dos nossos hábitos, o que fazemos e não fazemos e começarmos por algum lado. Pequenas mudanças diárias fazem uma grande diferença! O importante é iniciar o processo de mudança. O planeta agradece.




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