Tempos houve em que o dia de hoje era apenas mais um dia de trabalho, como tantos outros. A trabalhar e a fazer o que melhor sabia: dançar.
Hoje ele tem um gosto diferente e um peso também. É dia de memórias, de alegrias, de mágoas, de saudades... Muitas saudades. Se antes era parte activa na divulgação e consciencialização deste dia, hoje ele serve de lembrete de uma era que passou e que, infelizmente, já não volta.
Há algo de extremamente viciante no palco. Quem nunca experimentou nunca vai compreender esta necessidade, este bem-estar/dependência que este lugar tão mágico provoca em nós. Os meses e meses de trabalho extremo, de pesquisa, de procura pelo movimento mais eficaz, mais subtil, de dores físicas (muitas...) são imediatamente superados com um simples pisar naquele chão tão especial.
A grandeza de um palco, a sensação de gratidão que uma plateia, cheia ou vazia, nos transmite. Sempre adorei estar sozinha em palco e com o teatro vazio... Manias! Para mim assemelha-se a um lugar de culto. Sentimos-nos invadidos por uma paz, por uma antecipação de adrenalina extrema, por uma emoção que leva-nos a humildemente pensar: obrigada. Obrigada por poder estar aqui, por poder dar de mim a vocês aí, por poder dar o meu melhor, por poder me expressar...
E de cada vez que o pisamos sentimos o mesmo. O tempo não esvanece a emoção. Nunca deixei de sentir um imenso respeito pelo palco, nem deixei de me sentir sempre nervosa antes da abertura da cortina. Nem após muitas repetições da mesma peça. A inevitabilidade de um azar ou uma não tão boa prestação está sempre presente e assombra-nos durante a espera. Após aquela hora e meia de performance tudo o que queremos é a satisfação garantida de quem lá foi para nos ver e, já agora, nossa também. Mas todo este turbilhão é tão bom...
Por mais que o tempo passe não há como esquecer tudo o que passei naquele lugar fantástico, ou em tantos outros, pois nem só o palco serviu como espaço de apresentação. Tive oportunidade de o fazer em variadíssimos lugares. Alguns bem caricatos.
A verdade é que o dia em si pode ser celebrado a dançar em qualquer lado, desde que se tenha chão... :). Até sem ele!
Por isso, como não fazer a divulgação e um apelo a que se dance! Dancem, vivam, expressem-se, transmitam sentimentos, sintam... E sintam-se felizes.
Feliz Dia Mundial da Dança!
Até para a semana.
Susana
E de cada vez que o pisamos sentimos o mesmo. O tempo não esvanece a emoção. Nunca deixei de sentir um imenso respeito pelo palco, nem deixei de me sentir sempre nervosa antes da abertura da cortina. Nem após muitas repetições da mesma peça. A inevitabilidade de um azar ou uma não tão boa prestação está sempre presente e assombra-nos durante a espera. Após aquela hora e meia de performance tudo o que queremos é a satisfação garantida de quem lá foi para nos ver e, já agora, nossa também. Mas todo este turbilhão é tão bom...
Por mais que o tempo passe não há como esquecer tudo o que passei naquele lugar fantástico, ou em tantos outros, pois nem só o palco serviu como espaço de apresentação. Tive oportunidade de o fazer em variadíssimos lugares. Alguns bem caricatos.
A verdade é que o dia em si pode ser celebrado a dançar em qualquer lado, desde que se tenha chão... :). Até sem ele!
Por isso, como não fazer a divulgação e um apelo a que se dance! Dancem, vivam, expressem-se, transmitam sentimentos, sintam... E sintam-se felizes.
Feliz Dia Mundial da Dança!
Até para a semana.
Susana